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sábado, 25 de julho de 2009

Mais um pouco sobre beneficiamento

À medida que a pesquisa sobre beneficiamento avança no Brasil, principalmente por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental em Belém/PA, muitas sementes são testadas e incorporadas como opção à produção de biojóias.

No cerrado, não são as sementes que se destacam, pois as mesmas possuem um alto teor de gordura assim dificultando seu beneficiamento, mas as cascas e folhas são possíveis de beneficiamento adequado para a confecção de biojóias.

É preciso respeitar a natureza das sementes, cascas e folhas, e é isso que o beneficiamento deve fazer para poder apresentar um produto onde o que está sendo usado tenha seus problemas resolvidos.

O processo de beneficiamento começa com a seleção da matéria prima natural. A etapa mais importante, no entanto, é a secagem desse material. De acordo com pesquisas da Embrapa Amazônia Oriental em Belém/PA, muitas peças que estão no mercado atualmente têm muito mais que 10% de umidade, quando o mínimo permitido para que o produto tenha mais durabilidade é de no máximo 7%. Algumas possuem até 23% de água. O resultado de tanta umidade, que é um material orgânico, é uma peça propensa ao aparecimento de fungos e insetos, com grandes chances de quebrar em pouco tempo de uso.

No Laboratório da Embrapa Amazônia Oriental em Belém/PA, os pesquisadores buscam um processo ideal para secagem das sementes, pois ele é que define a qualidade final do produto. A secagem depende do tamanho e do material, levando em consideração a espessura da casca e o material orgânico.

Esse processo é dividido em duas fases: a primeira em uma estufa de circulação de ar forçada, onde a temperatura e o tempo variam de acordo com a espécie; e a segunda, também em estufa, é a quantificação do grau de umidade, durante 24 horas.

A maior dificuldade do trabalho é fazer com que a secagem não cause danos mecânicos à peça. O objetivo final é ter uma matéria prima com baixíssimo grau de umidade, resistente e livre de microorganismos, pronta para ser manipulada por artesãos. Atualmente, o grau de umidade recomendado para o armazenamento das sementes sem que sofram danos por insetos e fungos é de no máximo 7%.

É possível fabricar uma estufa caseira, a partir de caixas de madeira e lâmpadas. E que a sílica gel, um produto encontrado no mercado, ajuda a evitar o aparecimento de fungos e insetos nas sementes.

Isso contribui para que todo o processo posterior à secagem, como o polimento, o tingimento e a montagem das peças seja mais seguro e garanta qualidade ao produto. Só com tecnologia é possível garantir um produto competitivo no mercado. O resultado final de um beneficiamento adequado é visível na qualidade e tempo de duração das peças.

Outro detalhe importante é conhecer toda matéria-prima que se manipula sabendo o nome de todas e suas características fenológicas e botânicas. Isso ajuda muito no trabalho.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dias de campo

Os dias 22 e 23 de julho foram dois dias de campo maravilhosos. Estive no Goiás na Região de Formosa. Coletei algumas sementes e cascas bacanas e agora vou estudar o beneficiamento adequado para elas, para que depois, ao lembrar de cada árvore, eu consiga criar novas peças.
Ah! Sim, sempre peças que nos relembrem o valor do cerrado.

Alguns dados que valem ser citados:
"O cerrado é o segunda maior bioma brasileiro".
"O cerrado ocupa aproximadamente 21% do território brasileiro".
"80 % das árvores do cerrado são exclusivas deste bioma".
"O estado de conservação do cerrado brasileiro sempre foi muito precário".
"Em 2004 restava apenas 20% de áreas de cerrado consideradas originais ou pouco perturbadas".
"No DF não há áreas de cerrado original".
"O cerrado está sendo destruído com uma velocidade muitas vezes superior à capacidade de a comunidade científica promover o conhecimento necessário para a sua proteção e conservação".
"A manutenção da biodiversidade do cerrado é um compromisso que a atual geração tem para com as futuras".

Estes dados, muitos até vergonhosos, foram extraídos do livro "Cerrado: Ecologia e Caracterização" editado pela Embrapa Cerrado em 2004.

O que registrei de alarmente nestes dois dias foi:
- Em quase 400km rodados só encontrei uma única caliandra.
- Achei muito tingui, mas infelizmente muitos deles em áreas de visível queimada.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do Amigo

O Dia do Amigo foi criado em Buenos Aires, na Argentina, pelo professor de filosofia e músico Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do astronauta norte-americano Neil Armstrong à lua, no dia 20 de julho de 1969, dizendo que era uma fantástica conquista da humanidade além de ser uma oportunidade para fazer novos amigos em outras partes do universo. Em 1979, um decreto-lei estipulou a data como um evento oficial da Argentina e, ao longo dos anos, ela foi adotada em outros países como França, Itália e Portugal. No Rio, a Lei 5.287, de autoria do deputado João Pedro, foi sancionada pelo governador Sérgio Cabral e publicada no Diário Oficial. Portanto, a data faz parte do calendário oficial do estado do Rio de Janeiro, mas não foi decretado feriado.

PRECISO DE ALGUÉM:
Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odia-lo por isso.
Neste mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nesta coisa misteriosa, desacreditada, quase impossivel de encontrar: A Amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja pouco para as suas necessidades.
Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo: "Nós ainda vamos rir muito disso tudo".
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher o meu Amigo.
E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela...

Charlie Chaplin (Charles Spencer Chaplin - 1889-1977-, foi um ator e diretor inglês, também conhecido por Carlitos no Brasil).


Porque um trabalho de responsabilidade sócio-ambiental

Não sei... apenas sei que como costumo dizer: "este trabalho têm me dado tanto prazer, conhecimento e satisfação que quase posso compará-lo a arreia movediça... quanto mais afundo mais quero afundar"...

Mas afinal o que é responsabilidade sócio-ambiental?
Em 1998, o Conselho Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCDS), primeiro organismo internacional puramente empresarial com ações voltadas à sustentabilidade, definiu Responsabilidade soció-ambiental como "o compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo". Pode ser entendida também como um sistema de gestão adotado por empresas públicas e privadas que têm por objetivo providênciar a inclusão social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação ambiental (Responsabilidade Ambiental).

Nesta minha empreitada pela busca da responsabilidade sócio-ambiental para a Yasaí Biojóias destaco nesta postagem a Responsabilidade Social citando as famílias envolvidas e beneficiadas neste projeto:

* Márcia (Sobradinho/DF): três gerações envolvidas na montagem das peças de reciclagem;
* D. Dalva (Taguatinga/DF) - agricultora: três gerações envolvidas na coleta e beneficiamento da matéria-prima do cerrado;
* Seu Mário (Taguatinga/DF) - colheitador - e sua família: envolvidos na coleta e beneficiamento da matéria-prima do cerrado;
* D. Aurora produzindo seu lindo e maravilhoso frivolité.

Espero conseguir poder beneficiar mais famílias gerando trabalho e renda para as mesmas. Mas sinceramente o que mais me deixa completa é ver a melhora da auto-estima dos envolvidos.

Folhas e Frivolité: combinação perfeita

Ao fazer a postagem sobre a venda da blusa de frivolité (clique aqui para ver) não imaginei que ia dar no que deu:

A blusa continua a venda, mas a criatividade só foi é aguçada.
A senhorinha que fez a blusa agora está produzindo frivolité lindo e maravilhoso para novas criações da Yasaí Biojóias.
Não sei se conseguirei vender a blusa, mas tenho certeza que estou conseguindo ajudá-la em sua auto-estima e claro, uma "renda" extra.

Para ver todas as peças já prozudidas com frivolité
clique aqui e visite o fotolog.
Para ver as peças ainda disponíveis
clique aqui e dê uma passeadinha pela loja virtual.

Veja algumas lindas peças:

Um adeus para Jeanine...

Sabem, ainda não tinha caído a "ficha"... mas ontem a tarde ela caíu...
Doeu... a lágrima correu... sem medos, sem preconceitos... apenas ela: a lágrima...

Porquê?
Sempre falo das muitas "mãedrinhas" que a Yasaí Biojóias têm e do enorme incentivo, e claro muitos puxões de "orelha" que recebo. Estas "mãedrinhas" da Yasaí Biojóias fizeram com que a cada dia o trabalho corresse em direção pela busca da responsabilidade sócio-ambiental e pela incansável defesa do cerrado.

Desde maio de 2006, quando me "enfiei" a buscar um "lugar ao sol" para meu trabalho, conheci pessoas muito generosas e especialmente incentivadoras. Entre elas, uma das "mãedrinhas", ela... a pesquisadora que me deixava calada e muda para ouvir e sugar tanto conhecimento. Ela que me "esculachava" pela incoerência da proposta do meu trabalho e por eu estar sempre com aquele famoso cigarro acesso ao ouví-la... aquele que ela pedia tanto para que eu apagasse e que agora me parece tão sem sentido...

Passei dias e dias muda e calada...
Chorrei junto com o cerrado...
Ele chorrou muito...
Ela se foi...
A ficha tinha que cair...
Mas demorou!
Poquê? Não sei...

Só ontem me liguei que daqui para frente ela não estará mais lá para me incentivar e para me criticar. Para me fazer crescer.

Só ontem me liguei que quando for a UnB não irei mais encontrá-lá.
Enfim... não entenderam nada... é assim...

Parte 1:
Na tarde desta segunda-feira, dia 13 de julho, a professora Jeanine Maria Felfili Fagg, do Departamento de Engenharia Florestal da UnB, faleceu. Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) aos 52 anos, Jeanine deixou um marido e duas filhas de 15 e 22 anos. Ela lecionava na Universidade de Brasília desde 1983 e inspirou alunos no Brasil e no exterior. Referência em estudos de conservação e recuperação de plantas do Cerrado, a doutora identificou mais de 12 mil espécies nativas na região. Previsto para estar pronto neste ano, o prédio do Centro de Referência em Conservação da Natureza e Recuperação de Áreas Degradadas da UnB (CRAD) foi uma iniciativa de Jeanine. Além de presidir a Associação dos Moradores do Park Way, Jeanine foi uma das criadoras da ONG Instituto Vida Verde. O grupo mobilizava voluntários para recuperar àreas de mata de galeria degradadas.

Parte 2:
No próximo domingo, dia 19 de julho, o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) irá promover uma homenagem à professora Jeanine Felfili, que faleceu na última segunda-feira, 13 de julho. O evento será no Parque Olhos D'Água (413/414 Norte), das 16 às 18 horas. Haverá uma apresentação do cantor e repentista João Santana, do músico pernambucano Paulo Matricó e poetas da cidade como Nícolas Behr, Romulo Pinto Andrade entre outros convidados.
Esse será um momento de confraternização dos ambientalistas que aprenderam e compartilharam com a professora o compromisso de conhecer, defender e promover o Cerrado. Com essa homenagem, todos poderão agradecer pelo intenso trabalho de Jeanine e enaltecer o exemplo dela na produção científica, no engajamento social e na ética luta pela sustentabilidade do Distrito Federal.
A trajetória dessa profissional é marcada pela dedicação. A professora Jeanine foi uma das pessoas que contribuiu ativamente para uma conquista recente do IBRAM, a elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica do Jardim Botânico e da Estação Ecológica de Águas Emendadas. Entre os diversos trabalhos realizados por Jeanine, está o livro “Vegetação da Estação Ecológica de Águas Emendadas”.

Eu fui... poderia não ir? Claro que não... Eu precisava que a "ficha caísse"...

Agora o que fica?
Apenas ela... a lembrança...
Tenho certeza que onde estiver ela continua sendo uma linda mãedrinha...

Um beijo Jeanine... adoro você...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Dia de Proteção as Florestas

Bem, eu não poderia de forma alguma deixar de comentar sobre o dia de hoje. Na real acho lamentável ter que ter esta data para chamar a atenção para algo tão óbvio, mas aqui vai: preservar florestas é sinônimo de proteger a vida.

Florestas têm sido ameaçadas em todo o mundo, e isto todos sabemos. Ameçadas pela degradação incontrolada. Isto acontece por terem seu uso desviado para necessidades crescentes do próprio homem e pela falta de um gerenciamento ambiental adequado. As florestas são o ecossistema mais rico em espécies animais e vegetais. A sua destruição causa erosão dos solos, degradação das áreas de bacias hidrográficas, perdas na vida animal (quando o seu o habitat é destruído, os animais morrem) e perda de biodiversidade.

Agora podemos perceber como o dia 17 de julho - Dia de Proteção às Florestas - é fundamental para que possamos lembrar (e lá deveríamos lembrar?) da importância de conservarmos nossas florestas: aumentar a proteção, manter os múltiplos papéis e funções de todos os tipos de florestas, reabilitar o que está degradado. Isto é, preservar a vida no planeta.

Em termos de diversidade biológica, o Brasil tem uma situação ímpar no mundo. Calcula-se que cerca de um terço da biodiversidade mundial esteja em nosso país, em ecossistemas únicos como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, os Cerrados, áreas úmidas e ambientes marinhos, entre outros.

É lamentável, no dia de hoje, citar que no cerrado - segundo maior bioma brasileiro - apenas 20% são de áreas consideradas originais ou pouco perturbadas. (AGUIAR et all, 2004).

Para maiores informações sobre a data e sobre o tema
clique aqui.